A Palavra da Corte – RRR

Salve, salve, Nação Tricolor! Feliz 2018 a todos vocês!

Depois de um longo tempo sem escrever, aqui estou eu de volta com A Palavra da Corte – um espaço com singelas opiniões de alguém que apesar do nome de rei não passa de um súdito. Rs.

Incrível como pegaram as modinhas de siglas e codinomes na Europa. A molecada aqui no Brasil sabe todas! Depois do trio MSN do Barça – Messi, Suarez e Neymar, agora é a vez do trio MSC, com a chegada de Coutinho ao time catalão. Já no PSG, o trio que manda é o MCN – Mbappe, Cavani e Neymar. E há rumores que poderia continuar MCN mas com Cristiano no lugar de Cavani – pouco provável. Sem falar nos trocadilhos com “HurriKane” – uma alusão a palavra hurricane – furacão em inglês para o atacante britânico Harry Kane que tem de fato sacudido a Premier League.

Bem, tudo isso pra chegarmos ao título da minha coluna: RRR. Nós também temos nosso trio de “erres” formado por duas pessoas. Raí e Ricardo Rocha.

Eu que fui um crítico pesado da gestão de Vinícius Pinotti e que nos canais da SPNet pedia o cumprimento do estatuto com a vinda de um Diretor Executivo de Futebol com “notório saber” em sua área de atuação, não poderia estar mais contente com a chegada de um atleta que colocou o nome do nosso time no cenário Internacional: Raí.

Com duas Libertadores, um Mundial, 5 Paulistas, o Tetra pela Seleção e uma carreira brilhante pelo PSG, Raí sempre foi um Tricolor declarado, e nunca perdeu o contato com o Mais Querido. Tem perfil de gestor e experiência adquirida em sua Fundação Gol de Letra nos últimos anos, além de cursos que diz ter feito pela UEFA. Parece ser um cara equilibrado e pacificador, mas não é bobo. Sabe que tem um nome a zelar e não aceitaria esse cargo não sabendo dos riscos e da “bucha” que seria trabalhar com um presidente que até agora tem deixado sua marca como o pior de todos os tempos.

E Raí já chegou acertando, trazendo um cara mais de vestiário pra fazer o meio campo entre ele e jogadores e comissão técnica. Ricardo Rocha, jogador que honrou nossa camisa durante 3 temporadas, conquistando dois paulistas e o Brasileiro de 1991, curiosamente era o zagueiro do Bugre em nosso segundo título Brasileiro de 1986 (final disputada já em 1987). Com passagens por vários clubes, inclusive uma boa passagem pelo Real Madrid, Ricardo Rocha tem bom trânsito com jogadores devido a sua atuação como comentarista esportivo no SporTV nos últimos anos.

Nenhum dos dois é bobo. Provavelmente sabiam o que estavam assumindo, as limitações que teriam, as possíveis interferências presidenciais que enfrentariam. Mas aí estão. São dois caras do ramo, como tantos como eu imploravam pro SPFC se reerguer.

Por que tudo isso, pessoal? Pra pedir que tenhamos paciência e que a torcida dê o tempo necessário aos dois para desenvolverem seu trabalho.

Infelizmente, por causa dos episódios Hernanes e Lucas Pratto, já que por aí sãopaulino criticando os dois, mais especificamente o diretor Raí.

Não foi Raí que fechou a contratação do Hernanes nos termos que foi. E Pratto deixou claro que nada o seguraria de poder voltar pra perto de sua filha.

Pode-se até questionar a chegada do Diego Souza, criticar e muito se Robinho de fato vier, criticar se não formos duros com o baladeiro Cueva e mostrar a ele que ele está no SPFC, e não no Comerciantes Unidos do Perú – sim, pesquisei e existe esse time. rs.

Mas há que se dar tempo aos nossos dirigentes boleiros no comando. E torcer para que Leco deixe os caras trabalharem, e dê as condições necessárias aos mesmos.

Não nos resta outra coisa a não sermos otimistas, pessoal. Se desde já ficarmos com o pensamento que de novo passaremos pelo que passamos em 2017, não será nada bom pra nossa saúde.

E que finalmente voltemos a ganhar um Paulistão, que poderá ser a propulsão que precisamos pra voltar títulos importantes e quem sabe, a inédita Copa do Brasil.

É isso.

Salve o Tricolor Paulista, meu amor hoje e sempre!

Artur Couto é engenheiro,  sócio-torcedor e sócio do SPFC,  e é administrador da SPNet. Escreve nesse espaço todas as quartas-feiras.

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