Além das 4 linhas – Reconhecimento

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É importante reconhecermos o esforço das pessoas em relação às suas metas de vida, sejam metas pessoais, sejam metas profissionais. O elenco todo do SPFC está de parabéns pelo esforço que entrega em todas as partidas em busca das metas dentro de cada campeonato.

Até o momento, vi todas as partidas do tricolor pela Sula, vi algumas da copa do Brasil e algumas pelo BR. Eu penso que a Sula é a menos complicada de alcançar a final e por isso escolhi ver a todas as partidas. Assinei a Conmebol TV, a única plataforma de jogos paga que tenho, justamente para acompanhar a campanha. Em todas as partidas vi um time brigando pela vitória, e devemos de fato reconhecer que o trabalho atual trouxe a raça que faltava ao time em alguns momentos do passado recente. Eu não vejo neste elenco jogador que faz corpo mole, ao contrário, todos deixam o máximo que podem em campo.

Toda vez que analiso o jogo do tricolor, a força de vontade de todos invade minha cabeça. Vejo muitos jogadores criticados, alguns de forma exagerada, mas isso tem o lado bom de exigir o máximo de cada um, mas pode ter, quando há exagero, o efeito de desmotivar. Se temos a obrigação com a vida de darmos tudo o que temos para dar, é preciso muito cuidado ao analisar os seres humanos, e mais cuidado ainda com as palavras que podemos deixar escapar com isso, pois como disse, vejo todo jogador dando o máximo que tem.

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Eu vejo no elenco atual nítida limitação técnica, mas vejo que todos entregam o que tem, este é o ponto. O clube não pode pagar por jogadores melhores ainda, assim sendo, imagino que devemos exigir o máximo dos atletas, levando em conta o que podem, e exigir que a direção traga atletas mais capacitados conforme o cofre for permitindo. Em minha opinião o meio de campo é o setor que carece de gente com mais recursos técnicos. Na partida de ontem, o Igor Gomes, o último cara do meio de campo, não deu um chute a gol, assim como não fez na partida no Morumbi. O interessante é que ele fazia isso quando subiu da base, inclusive tendo feito alguns gols. O Nestor também anda dando poucos chutes a gol. Por outro lado, quando Gabriel e Nestor entraram na partida de ontem, o time subiu de produção. Esta análise é importante para talvez o reserva ser trocado e não o titular. Isso também pode acontecer com o Gomes, o clube, quando o caixa permitir, precisa ir atrás de um meia de criação com mais qualidade, mas poderia ficar com estes caras no elenco e negociar os reservas.

O fato é que os atacantes recebem poucas bolas por falta de qualidade do meio de campo. O clube contratou zagueiro, volante e atacante, além do goleiro, que anda dando conta do recado, mas ainda precisa mais para poder almejar as taças mais pesadas. Ainda é cedo para analisar o Galoppo, apesar de aparentar talento, e ainda não conhecemos os novos jogadores que chegaram. Serão importantes, o calendário exige.

Muito interessante também pensar que Reinaldo fez falta quando saiu ontem e fez falta na partida do Morumbi. Aqui em SP o pênalti desperdiçado por Calleri fez muita falta depois, e ontem o lance infeliz do Wellington ocasionou o gol dos caras. Ele ainda é muito jovem, tenhamos paciência.

Concluindo, a culpa de todo lance infeliz não é apenas do jogador que não tem qualidade, a culpa também é de quem o mantem no clube. Mas qual a razão de o clube ter jogadores que não deveriam estar no SPFC? As más gestões do passado impedem boas contratações.

Por fim, quero mencionar o velho amigo Paulo Celso, que respondeu ao meu comentário sobre a pedreira que será o próximo adversário pela Sula com o seguinte comentário: “Carlito, se o Atlético é pedreira, acho que só falta passar o cadeado no Morumbi e fechar o clube”. Isso seria verdade num passado não tão distante, mas o Atlético mudou, como muitos outros clubes mudaram para melhor, e o SPFC mudou ainda mais. Além disso, futebol jogado no mata-mata é bem complicado. Serão dois jogos muito difíceis, podem apostar.

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes