Velocidade na frente, segurança atrás: veja o que o São Paulo precisa mudar para o Brasileirão

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GloboEsporte

Tricolor tem dez dias de preparação para a estreia da competição nacional.

Com a eliminação precoce do São Paulo nas quartas de final do Campeonato Paulista, o técnico Fernando Diniz ganhou um tempo maior de treinamentos até o início do Campeonato Brasileiro. O Tricolor estreia no dia 9 de agosto, contra o Goiás, fora de casa.

E nesses dez dias entre a queda do Paulistão e o começo do nacional, o São Paulo terá alguns pontos importantes para ajustar dentro de campo.

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A eliminação para o Mirassol colocou ainda mais pressão sobre elenco, comissão técnica e, principalmente, diretoria de futebol. Além disso, acabou com qualquer possibilidade de o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, conquistar um título em seu mandato – ele está à frente do clube desde 2015.

Embora a situação tenha sido tratada como vergonhosa e “um verdadeiro fiasco”, como afirmou Alexandre Pássaro, gerente-executivo de futebol, Fernando Diniz não corre o risco de ser demitido neste momento, mas inicia o Brasileirão pressionado por bons resultados.

Até a estreia, a delegação fará o terceiro período de concentração no CT das categorias de base, em Cotia, em menos de um mês.

Veja abaixo pontos a melhorar no São Paulo para o início do Brasileirão:

Defesa

Melhores momentos de São Paulo 2 x 3 Mirassol pelas quartas de final do Paulistão

Melhores momentos de São Paulo 2 x 3 Mirassol pelas quartas de final do Paulistão

Antes da paralisação das competições por conta do novo coronavírus, a defesa são-paulina era um dos setores mais elogiados. Bruno Alves e Arboleda criaram bom entrosamento, e o São Paulo sofria poucos gols.

No retorno do futebol, porém, o setor defensivo deu a impressão de nunca tinha jogado junto. Erros individuais e coletivos fizeram a equipe sofrer sete gols em apenas três jogos, o que representa 43% dos gols sofridos em toda a temporada.

Não há sinalização de uma mudança drástica na defesa, ainda com prestígio dentro do clube. No entanto, os reservas têm se destacado em treinos e jogos e ligam um sinal de alerta nos titulares.

Concentração

Uma das palavras mais ditas pelos jogadores após a eliminação para o Mirassol foi concentração. Ou melhor, a falta dela. A avaliação é de que os três gols sofridos foram fruto de desatenção de toda a equipe.

O primeiro gol foi o melhor exemplo disso. Após cobrança de escanteio, o atacante Zé Roberto apareceu completamente sozinho na marca do pênalti para cabecear com rara tranquilidade. O lance causou grande inquietação no elenco.

– Acho que um fator grande é a concentração. Tomamos gols que não podemos tomar, não podem acontecer. O primeiro gol é algo que foi treinado, foi falado… – afirmou o atacante Pablo.

A falta de atenção já é algo que acompanha o São Paulo desde o ano passado. Virou hábito na equipe falhar em momentos cruciais.

Zé Roberto, do Mirassol, comemora; Pablo, do São Paulo, lamenta  — Foto: Fernando Roberto/Ag. Futpress/Mirassol

Zé Roberto, do Mirassol, comemora; Pablo, do São Paulo, lamenta — Foto: Fernando Roberto/Ag. Futpress/Mirassol

Volume de jogo

Embora tenha marcado sete gols nos últimos três jogos, o São Paulo não tem apresentado o volume de jogo que colocou o time como um dos favoritos ao título do Campeonato Paulista.

A equipe comandada por Fernando Diniz mostrou dificuldade para armar jogadas de ataque e apresentou pouca velocidade na transição entre os defensores e os atacantes. A rápida ligação entre os setores foi uma das principais armas no começo do ano.

Diniz tem diversas opções dentro do elenco para mexer na forma como o time joga. Os atuai atacantes titulares (Pablo, Pato e Vitor Bueno) não têm a velocidade como principais características, e isso pode ser modificado para o Brasileirão.

Nos primeiros jogos após a pausa, o treinador fez testes com Everton, Paulinho Boia e Helinho para o lado do campo, e os três se saíram bem nas oportunidades que tiveram. Eles são os mais cotados para brigar por uma das vagas no ataque.

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