Terças Tricolores – A Torcida Vai Fazer a Diferença

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Tudo que cercou o jogo de ontem foi épico. A interação, força de vontade e irmandade da torcida. A recepção do ônibus do São Paulo no estádio, a minha caminhada de 7km até o estádio (onde imaginei todos os cenários possíveis do jogo) e, claro, a partida em si.

Mas antes de falar do que eu vi e entendi da partida, queria falar um pouco do clima do estádio do Morumbi. A torcida estava 100% fechada com o time, ajudando em cada lance, gritando por todos os atletas e carregando o time no colo para não perder o jogo. Mais do que ninguém, sabíamos que um revés ontem seria terrível para nossas pretensões no campeonato que, até o momento, se resumem a sair da zona do rebaixamento.

Nem mesmo quando, em um contra ataque muito bem feito, o Grêmio abriu o placar, a torcida esmoreceu. O desejo de buscar algo mais, de sentir que era possível sair com um resultado que não fosse a derrota, estava presente em todos nós, mais de 51K de pessoas que estiveram no estádio. E mais do que isso: não deixaríamos os jogadores desistirem fácil assim.

O Grêmio estava na nossa casa, nos nossos domínios, em uma situação que não estamos acostumados a viver. Claro que, futebolisticamente, eles eram superiores. Mas se eles quisessem a vitória, iam ter que lutar MUITO por ela. E não conseguiram superar o bravo time que se doou em campo, a nós, que não deixamos o Grêmio em paz por um minuto e ao Renan que, apesar de ter dado algumas titubeadas, ainda foi seguro quando precisamos.

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Foi um empate com gosto de vitória. Para a moral do time foi excelente. Para a tabela, nem tanto. Mas agora existe esperança. Um time com mais pegada, com preparo físico MUITO melhor, com o Hernanes para estrear e com mais tempo de trabalho para o Dorival. Temos que trazer os 3 pontos do Rio. É PRECISO pontuar. A situação pode melhorar, mas a vitória é fundamental para sair da zona e não voltar mais.

Meu ponto negativo fica por conta do Cueva. A torcida, em alguns momentos, pegou no pé dele. Mas de maneira merecida. Não era incomum observá-lo parado em alguma das pontas esperando que alguém resolvesse o jogo. Mas isso é muito pouco para tudo que ele já rendeu com a nossa camisa. Me parece que ele está 100% sem vontade de ficar, sem comprometimento, sem nada.

Não dá para admitir esse tipo de atitude e, como diria o Pintado, não dá para implorar para o cara jogar no SPFC. Ou soma ou some, como diriam.

É isso!

Força SPFC!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco, são-paulino e tem o sonho de cobrir um mundial de clubes com o clube do coração. 

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