Domingo, 23 de julho, vai começar mais jogos do Brasileirão 2017, os programas esportivos iniciam de forma diferente, ao invés da alegria e expectativa a tristeza, não apenas a torcida Tricolor, mas todos os amantes do futebol choramos a perda de um ídolo, um grande ídolo…
Waldir Peres de Arruda nasceu em Garça cidade do interior de São Paulo em 2 de janeiro de 1951, começou nas categorias de base do time da cidade e em 1970 se mudou para Campinas e se profissionalizou na Ponte Preta e em 3 de novembro de 1973 se transferiu para o São Paulo Futebol Clube onde consolidou sua carreira e fez fama.
Em 1974 já chegava a Seleção Brasileira por contusão do goleiro Wendel, durante a Copa foi reserva de Emerson Leão de quem se tornou amigo. Pela Seleção seu 1º jogo aconteceu na Copa América de 1975 em jogo pelas semifinais Participou das Copas de 1978 como reserva e em 1982 chegou à titularidade naquela que é por muitos considerada a melhor seleção de todos os tempos, porém infelizmente não foi Campeã.
Para a Copa de 1982 não havia expectativa para sua convocação, pois o técnico Telê Santana não o convocou para torneio realizado entre os últimos dias de dezembro de 1980 e janeiro de 1981, porém o Goleiro titular Carlos se contundiu e Telê teve que chamar as pressas um goleiro e optou por Waldir para compor elenco. Só retornou a titular pela seleção em 1981 nas eliminatórias da Copa do Mundo de 82.
Na primeira partida da Copa de 82 contra a União Soviética, Waldir Peres sofreu um frango incrível, porém o técnico era o mítico e teimoso Telê que o manteve e então Waldir correspondeu com grandes defesas nos jogos seguintes podendo ser considerado um dos grandes goleiros da Seleção Canarinho.
Pelo Tricolor, Waldir Peres conquistou os Campeonatos Paulista de 1975, 1980 e 1981, porém seu maior título foi o Campeonato Brasileiro de 1977, o primeiro do Tricolor e que teve participação fundamental de Waldir. Era 5 de março de 1978, o São Paulo enfrentava no Mineirão lotado o favoritíssimo Atlético e o empate por 0 a 0 levou as decisões para as penalidades e então a maior arma de Waldir Peres, a catimba, foi fundamental, o grande goleiro conseguiu deixar nervosos Joãozinho Paulista, Toninho Cerezo e Marcio que chutaram para fora e o São Paulo foi Campeão Brasileiro.
Em 26 de maio de 1984 deixou o São Paulo tendo jogado 617 partidas, um recorde que só foi batido recentemente por Rogério Ceni, então Waldir é o 2º jogador que mais vestiu o manto Tricolor.
Jogou pelo América em 1984 e pelo Guarani de Campinas em 85 e 86 quando se transferiu para o Corinthians onde jogou até 1988 e foi novamente Campeão Paulista em 1988 em partida contra o Guarani, jogou ainda pela Portuguesa e Santa Cruz e em 1989 pendurou as luvas pela Ponte Preta.
Em 1990 pela Inter de Limeira iniciou sua carreira de treinador e dirigiu diversas equipes do interior por 23 anos. Não conquistou títulos, mas ser treinador por 23 anos pode ser considerado um grande feito.
São Paulino assistia sempre aos jogos do time no Morumbi e recebeu diversas homenagens. Waldir Peres pode ser considerado entre os melhores goleiros do São Paulo Futebol Clube e um dos melhores do Brasil.
Em 23 de julho, estava indo almoçar com amigos em Mogi Mirim e sofreu um infarto fulminante aos 66 anos.
Waldir Peres a torcida Tricolor te admira, reverência e agradece.
Obrigado Waldir!!!
Gustavo Flemming, 39 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing.
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Waldir Peres: nos meus 53 anos dos inesquecíveis só não vi o querido José Poy. Mas estive no Cícero Pompeu de toledo na final contra a Lusa, em 1975. Vi aquele goleiro irreverente e de colocação rara, defender os pênaltis na decisão. Vi Don Waldir esfriar o jogo quando o SPFC ficou com dez em campo (Muricy fora expulso). Perdemos um baaaaita goleiro.
Não tive a oportunidade de acompanhar sua carreira.
Mas graças a Deus como maior goleiro de todos, o grande Zetti