E quem diria que os dias do São Paulo pegariam fogo. Depois de vários dias de notícias mornas e de “cartas” da “torcida organizada”, falando em letargia e omissão, parece que teremos novidades nos próximos dias.
A imprensa anda noticiando aos quatro ventos que o Pablo do Furacão vem aí, o Sidão foi para o Goiás e estão falando em devolver o Peres à Roma, o que facilitaria a vinda do Victor Ferraz ao São Paulo.
São mudanças significativas em um time que, como eu bati na tecla o ano todo, durante todo o campeonato, não tinha elenco. A chegada de Léo Pele e do Igor reforçam essa visão da diretoria em montar, se não um time fantástico e recheado de opções do mais alto nível técnico, um elenco satisfatório, onde haverá o equilíbrio de reposição.
Olhando por esse lado e, tendo em vista que outras peças devem sair, como Rodrigo Caio e Edimar, dá para dizer que estamos elevando o nível. Claro que, no meu modo de ver, ainda faltaria um goleiro incontestável, um bom meia para rivalizar com o Nenê (que, na minha opinião, deveria sair também) e um bom ponta. Não vou dar sugestões de nomes, afinal, não sei mais qual o poder de contratação que o São Paulo tem para 2019.
O nome do Pablo me agradou demais, embora parte da torcida esteja desconfiada. O próprio Lugano, em entrevista para a Fox, disse que o Pablo estava sendo observado há algum tempo e que tem o perfil que o SPFC busca para o futuro.
Com todos esses pontos positivos, gostaria de dividir com vocês uma angústia: o técnico. Diante da chave que temos na Libertadores, enfrentando o Talleres e depois uma verdadeira incógnita, acho que precisávamos de um treinador mais cascudo. Entraremos em uma fase do ano em que não podemos errar. Não dá para pensar em perder na pré Libertadores e, depois, em cair na fase de grupos.
Esse grupo que, aliás, é o famoso grupo da morte, recheado de times campeões e que entrarão na Libertadores em uma fase mais adiantada que a nossa. Serão tempos difíceis e um começo de ano muito complicado, com pressão de todos os lados e a necessidade de se provar logo cedo. Será que o Jardine já tem a cancha para isso? Não consigo cravar que sim e isso me preocupa bastante.
Os outros rivais de São Paulo apostaram em técnicos mais experientes e, no meu modo de ver, o único brasileiro que apostou em um cara da “base” foi o próprio Internacional. Que venham novas contratações e que esses caras abracem o Jardine. A união fará a nossa força em 2019.
É isso!
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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente.