A Palavra da Corte – E aí, Raí?

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Salve salve, Nação Tricolor!

Antes de mais nada, sempre que se vai fazer algum comentário sobre algum grande ídolo é bom fazer reverência antes e deixar claro o respeito e admiração.

Em especial hoje falarei sobre o Raí, que é talvez o maior ídolo da história do SPFC. Aquele que colocou o Mais Querido no Mapa Mundi, ganhando nossa primeira Libertadores e Mundial. Um verdadeiro Maestro em campo e o eterno Rei do Morumbi.

Quando voltou pro Brasil em 1998 pra ganhar o Paulista em cima do time sem cor, a SPNet que engatinhava como site enviou um colaborador pra recebê-lo no aeroporto, e ele disse que estava impressionado o fato do SPFC já ter um site de torcedores, coisa que nem na Europa de onde vinha ainda tinha engrenado.

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Em 2010 gentilmente falou comigo pelo antigo quadro Video Papo SPNet em um dos momentos mais emocionantes de minha vida de torcedor, onde conversamos por quase uma hora sobre diversos assuntos (sim, eu era jovenzinho, magrinho e tinha um restinho de cabelo ainda rs). Ficar alí na frente de um de meus maiores ídolos e tentar ter um bate papo normal, foi um desafio pra mim.

Dia desses, ainda esse ano,  na eleição pro Conselho Disciplinar na qual fiquei como suplente, eu estava no Salão Nobre e o Raí estava em uma roda de conselheiros, e ao me ver de longe, atravessou o salão, veio até mim e me cumprimentou – certamente me confundiu com alguém importante… hahahah. Raí: um gentleman, um cara diferenciado.

Todas as reverências feitas ao Rei do Morumbi, acho que fui um dos são-paulinos a bater mais forte nas redes e no clube sobre a necessidade de se cumprir o estatuto e ter gente da área em suas respectivas diretorias. Daí surgiu o #ForaPinotti, e depois a imensa alegria ao ver Raí assumindo a Diretoria de Futebol – ao meu ver uma ação muito mais oportunista do Leco de ter um ídolo lhe blindando (como fizera com o Ceni como técnico) do que preocupação em ter alguém do ramo tocando o futebol.

Achei interessante o Raí ter trazido o Ricardo Rocha pra fazer um trabalho mais interno, de coordenador, atuando no CCT, dentro dos vestiários, etc. Achei já um tanto exagerado o cargo de Relações Institucionais pro Lugano – outro ídolo, a crítica aqui é em relação aos cartolas!

Raí mesmo admitiu que na saída de Dorival, tinha outros nomes em mente, mas que por “sugestão” do Lugano, veio o nome do Aguirre. Enfim, Aguirre foi contratado.

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Não quero ser repetitivo, mas em todo canal que se liga e até nas colunas aqui, vem a pergunta: qual são paulino esperava no começo do ano estar em 6o no Brasileirão após quase cair ano passado e o mediano Paulistão que fizemos? Com os pés na Libertadores? Ser campeão do 1o turno então nem o mais fanático.

Como disse o Juca Kfouri – raro eu concordar com ele – mas Aguirre foi demitido por sua competência. Não estou aqui no mérito se ele é bom ou não, mas foi competente e teve um baita mérito ao levar um time mediano aonde o SPFC chegou e está.

Eu já estava de saco cheio dele – Aguirre – e fui um dos que já pedia sua cabeça após 3 jogos seguidos com 3 volantes e 3 zagueiros precisando das vitórias pra nos manter vivos no campeonato. Perdemos uma chance de ouro de derrubar o tabú no Itaquerão. Sem falar na teimosia em não usar a garotada e insistir com pesos como Bruno Peres e ate ressucitar o Rodrigo Caio na lateral direita!!!

Mas eu sou torcedor. Emotivo, passional. O Raí é o diretor. Será que foi ele mesmo quem demitiu o Aguirre? Ou não suportou a pressão de conselheiros e do Leco? Se foi ele mesmo quem demitiu, cadê o planejamento?

A coletiva do Raí pós demissão do Aguirre nos mostrou um Raí desconhecido até então: nervoso e se mostrando inseguro. Eu tenho a opinião que a decisão da saída do Aguirre não veio dele, até pela falta de firmeza na entrevista ao falar sobre a demissão. Ou ele foi contra seu discurso de planejamento, de dar tempo ao técnico, de não demitir treinador no meio de temporada?

E agora, vamos de Jardine mesmo em 2019? Leco já anda se antecipando e dizendo que sim a conselheiros no clube, se metendo em algo que deveria ser decidido e anunciado pelo diretor de futebol.

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A única certeza é que Raí é nosso diretor executivo (e remunerado) de futebol. E como qualquer funcionário remunerado, deve-se cobrar resultados dele. Desempenho. Performance. Pra mim não importa se ele vai entrar no vestiário chutando a porta pra fazer os caras jogarem. Se vai aumentar o bicho. Se vai afastar o Nenê ou fazer o técnico escalá-lo mesmo com alguma desafença entre eles. Se vai fazer palestra motivacional. Se vai trazer psicóloga. Se vai ter 150 analistas estatísticos. Ele é o diretor e deve ser cobrado pelos resultados do futebol do Tricolor. Simples assim.

Sim, levando-se onde estávamos e onde estamos, o saldo do trabalho do Raí até agora é POSITIVO!!! Muito positivo! Mas está acesso o sinal amarelo. Pode melhorar e muito, esperamos muito mais dele, porque entendo que ele pode render muito mais com sua experiência, inteligência (apesar de citar o Che Guevara – lá vem porrada!) e respeito que nutre do torcedor, conselheiros e diretoria do SPFC.

Estamos de olho em você, diretor! hahahahaha

E por fim, mais uma reverência: Vida Longa ao Rei do Morumbi (não é bate e assopra não, é pra deixar clara minha admiração e respeito pelo cara. Até pra se criticar um cara desses, tem que ser respeitoso acima do usual).

É isso.

Salve o Tricolor Paulista, meu amor hoje e sempre!

Artur Couto é engenheiro,  sócio-torcedor e sócio do SPFC, e é administrador da SPNet. Escreve nesse espaço todas as quartas-feiras.

Siga-me no Twitter @arturcouto

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.

1 COMENTÁRIO

  1. Ninguém em sã consciência pode criticar o atleta Raí, sem sombra de dúvidas o maior de todos.

    Em compensação o Raí Guevara deve ser cobrado ao extremo, sem dó nem piedade. O cara gastou um mundo de dinheiro em jogadores fracos, fazendo do São Paulo um time apenas mediano.

    Que foi melhor do que o ano passado isso é fato, mas é pouco para a história do São Paulo, dava para ser melhor, ele apenas fez mais do mesmo.

    Se o Lugano foi decisivo para a contratação de Aguirre, mostra o quão fraco o Raí Guevara é como diretor, se tinha outros nomes melhores era para impor esses nomes.

    Trouxe o Ricardo Gasparzinho eo faz nada Lugano.

    Tem que vazar junto com o Leco